segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mês da Consciência Negra:

ATIVIDADES DESCENTRALIZADAS DO CALENDÁRIO DO MÊS DA CONSCIÊNCIA NEGRA:

de 07 a 25 de Novembro -

Cara e Cultura Negra
Locais: Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Setor de Diversões Sul, Estações do Metrô, e Praça Zumbi dos Palmares
Realização: apoio: SEPIRDF e SECULTDF

de 17 a 19 de Novembro

Projeto Viva Zumbi -
Local: Praça Zumbi (CONIC)
Oficinas: Xekerês, Percussão em Tronco e Cabaças, Cantigas de Senzalas, Teatro, poesias e dança afro, medicina natural.
Hora: 17h

em 18 de novembro

I Encontro da Conscientização Negra do Gama
Local: Área Especial em frente Centro Cultural Itapuã


em 20 de novembro

Valeu Zumbi- de Palmares para o Mundo
hora: 9h as 18h no Valparaíso


em 20 de novembro

Valeu Zumbi- de Palmares para o Mundo
hora: 9h as 18h no Gama
Clube Tijupá – Etapa B quadra 56/57


de 23 a 25 Novembro
Latinidades – Mulheres Negras no Mercado de trabalho
Local:Pavilhão B, Parque da Cidade
Realização: Griô Produções apoio: SEPIRDF e SECULTDF


Fonte: http://sepir-gdf.blogspot.com/


sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Conexão África Brasília


Em novembro haverá a Conexão África Brasília em comemoração ao Ano Internacional dos Povos  Afrodescendentes, instituído pela ONU. 
A homenagem leva a  Sala Cássia Eller uma programação que amplifica as matrizes africanas nos repertórios de jovens cantoras e de artistas que bebem na fonte da cultura afro-brasileira. 
A ideia é mostrar ao público a importância da influência negra na criação da identidade cultural e musical no Brasil.
 Assim, o projeto vai mostrar a nova geração de cantoras e também artistas consagrados que utilizam em seu processo de composição as bases da musica africana.


OCUPAÇÃO SALA FUNARTE CÁSSIA ELLER 
03/11 - Quinta - 20h
Nei Lopes


04/11 -Sexta
18h
Bate Papo – Ney Lopes +  Dj Pezão.

20h
Nei Lopes

10/11 - Quinta - 20h
Cris Pereira

11/11 - Sexta -20h
Camila Faustino

17/11- Quinta - 20h
Joana Duah

18/11 - Sexta - 20h
Ligiana

24/11 - Quinta - 20h
Renata Jambeiro

25/11 - Sexta - 20h
Zezé Motta


Preço:
R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Encontrei minhas origens...


Encontre suas origens 



Oliveira Silveira (*)

Encontrei minhas origens
Em velhos arquivos
Livros
Encontrei
Em malditos objetos
Troncos e grilhetas
Encontrei minhas origens
No leste
No mar em imundos tumbeiros
Encontrei
Em doces palavras
Cantos
Em furiosos tambores
Ritos
Encontrei minhas origens
Na cor de minha pele
Nos lanhos de minha alma
Em mim
Em minha gente escura
Em meus heróis altivos
Encontrei
Encontrei-as, enfim
Me encontrei.
(*) O professor, poeta e pesquisador gaúcho Oliveira Ferreira da Silveira 
foi o idealizador do Dia da Consciência Negra.

domingo, 23 de outubro de 2011

BAABA MAAL



Baaba Maal é o maior cantor do Senegal. Segundo a tradição da nação africana, Baaba, que nasceu à beira de um rio, deveria ter se tornado um pescador, pois era filho da casta que faz esse trabalho no país. Mas o talento não se enquadra na tradição. Muita vez, ele surge exatamente para invertê-la, mostrar o quanto ela está ultrapassada. Esse astro da música africana e mundial, nascido em 12 de novembro de 1953, em Podor, uma pequena vila de 6 mil habitantes às margens do rio Senegal, acabaria se transformando em pescador de fãs. Sua música é uma hipnótica e deliciosa rede que envolve todos aqueles que se deparam com ela. Seu disco On the Road foi considerado pelo jornal britânico The Independent, em 2008, um dos melhores CDs de world music já produzidos neste sonoro planeta.

Os pais de Baaba queriam que o filho se tornasse um advogado. Também não deu certo. A música falou mais forte. Nos anos 1970, ele recebeu uma bolsa para estudar artes em Dakar. Nesta época, o jovem Baaba já havia decidido não seguir nem a profissão de pescador, nem de advogado. Em Dakar, ele passou a fazer parte da banda de Asly Kouta. Depois, formou a banda Lasli Fouta com seu amigo e guitarrista Mansour Seck.

No anos 1980, os dois foram para Paris onde lançaram o álbum Djam Leelii. Ao regressar ao Senegal, Maal formou o grupo Daande Lenol, que pode ser traduzido como “A Voz da Raça”. Nesse disco ele começou a misturar sonoridades tradicionalmente africanas com elementos do reggae e do pop. Em seu trabalho seguinte, Wango, sua carreira se consolidou e ele passou a ser um dos artistas mais importantes do Senegal. Os próximos trabalhos foram todos grandes sucessos. Baayo, de 1991; Lam Toro, de 1992; e Firin’in Fouta, de 1994, são todos excelentes.


Em 1998, ele mudou para a gravadora Palm Pictures, de Chris Blackwell. Lá, ele lançou Nomad Soul, um de seus melhores trabalhos. Porém, foi somente em 2008, depois de passar vários anos sem gravar, que seu disco On the Road o tornou mundialmente famoso. Foi com essa gravação que Baaba Maal passou a ser uma das vozes mais famosas da África no mundo. Na época do lançamento do CD, o jornal britânico The Guardian chegou a publicar uma crítica dizendo que Maal podia ser considerado “um dos melhores cantores do mundo”. Baaba, que já gravou com Peter Gabriel, Ernest Ranglin e Jah Wooble, é atualmente um dos músicos mais interessantes do muita vez repetitivo e cansativo universo pop. Foi considerado pelo jornal Los Angeles Times uma “masterclass de afro-pop”. Assim, Baaba mostra que o som que vem da África não é apenas aquele que sai dos sensacionais vuvuzelas, mas também o da riquíssima música do Senegal.



Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2010/07/baaba_maal_-_a_mais_bela_voz_da_africa.html#ixzz1bemhslQe

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Esperanza Spalding



"...Aos quatro anos de idade Esperanza começou a tocar o violino e aos cinco integrava a Sociedade de Música de Câmara de Oregon e aos dez era compositora do grupo, desfilando canções que versavam a respeito de brinquedos e pick-ups vermelhas, seu universo visto dali, sem os arrebatamentos do amor que só conheceria mais tarde.

A pequena Esperanza detestava estudar. Pior do que isso, na adolescência ganhara bolsa de estudos numa escola local bastante privilegiada: aquilo foi horrível! eu odiei, por isso nunca ia, ela conta. Sentava-se na cadeira para assistir a professora e a mente começava a vaguear sabe-se lá por onde. Foi num desses momentos vue d'esprit que entediou-se com um violino e saiu pela sala indo encontrar um baixo acústico que abraçou e imediatamente, a moldes Sidarta, começou uma série de improvisações. Só não cabulava as classes de música; a mãe teve de lhe ensinar coisas da escrita e da leitura em casa ou Esperanza não conseguiria acompanhar o ensino formal junto com os meninos e meninas da sua idade.

Não se sabe se é possível dizer que essa perseverante mãe teve sucesso, para Esperanza Spalding, aos quinze anos, o ensino formal já não fazia mais sentido; ela fora promovida concertista mestre daquela mesma sociedade de música da câmara e estreou num clube de blues como crooner numa banda formada por músicos dos anos 50. Ao final da apresentação, um dos veteranos chamou-a lá fora e perguntou se ela não queria seguir com eles para ver se “assim aprendia realmente tocar alguma coisa”. A senhora Spalding teve de se conformar quando a filha, no ano seguinte, resolveu largar a escola e quem ficou desesperado mesmo foi seu professor de baixo que insistia pra que Esperanza enviasse seu histórico para Berklee, o que fez quase a contra gosto.

Ela foi aprovada. Ela conseguiu uma bolsa de estudos integral. Ela não tinha dinheiro para manter-se em Boston.
Sugeriram –lhe que fizesse um concerto beneficente mas eu não tinha um ego suficiente isso... fiquei tipo não, não, não . Tudo bem, a essa altura, nossa personagem já mereceria uma título beatífico então, pelo mínimo, seus amigos e fãs angariaram secretamente mil dólares, uma boa quantia que já pagava uns aluguéis em Boston. Mas para os virtuosos nada é fácil e, na nova cidade, Esperanza Spalding agora tinha de andar duas milhas com o baixo às costas para chegar na estação de trem e, de lá na universidade; sorte que estava muito excitada com os acontecimentos, ou desistiria. Veio o inverno ela se viu afundada na neve com o instrumento, foi quando a excitação passou.

Voltaria para Portland? Estava em vias disso, ainda mais porque nunca mesmo gostara de colégio, principalmente daquele em que os alunos viviam competindo entre si: e então você descobre esses lugares dentro de si em que voce é vulnerável onde nunca havia sido antes, diz sobre aquele primeiro semestre. Todavia, ficava por teimosia incompreensível o que lhe rendeu frutos, como já podíamos esperar. A academia lhe trouxe conhecimentos e, como Esperanza era considerada a aluna mais talentosa de sua turma, ganhando consecutivas premiações institucionais e, três anos depois tornou-se a professora mais jovem na história da Universidade de Berkley; o prodígio confirmara-se.

Junjo, de 2006 é seu álbum de estréia, basicamente instrumental em que ousa em algumas composições. Esperanza também canta, canta ao baixo e com ele dança em expressões nada menos que sensuais. Seu último disco, e aponta para o impactante disco de 2008 “Esperanza” em que passeia por fusões do jazz contemporâneo que flerta com a MPB e a música latina – seus idiomas: inglês, castellano e português."

Ilustração de Henrique Monteiro, texto de Priscilla Santos

Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2008/08/o_prodigio_de_esperanza_spalding.html#ixzz1bRyhhcBB


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cara e Cultura Negra




No ano do afrodescendente, 

programação extensa no Cara e Cultura Negra

17/10/2011 - 10h22


O Festival Cara e Cultura Negra, que conta com o apoio do Sinpro, é um programa de ações anuais que visa promover e preservar a identidade cultural, social e econômica resultante da influência da raça negra na construção da sociedade brasileira e potencializar a participação dessa população no processo de desenvolvimento, a partir de sua história e sua cultura.
Em 2011, que a ONU declarou como o Ano Internacional do Afrodescendente, a programação está extensa, com cursos, oficinas, palestras, fóruns de debate, exposições com visitas guiadas, shows, entre outras atividades. Para se conferir a programação e se inscrever acesse o banner móvel na parte de cima desta página.
O Festival foi idealizado pela prefeitura comunitária do Setor de Diversão Sul e pelo Centro de Estudos para o desenvolvimento da Cidade e desde 2004 vem desenvolvendo e/ou apoiando atividades em cooperação com entidades governamentais e não governamentais.
No seu sétimo ano, o Cara e Cultura Negra apresenta a essência da Diáspora Africana, seus atores principais, suas experiências e manifestações, conectando as pessoas através da arte, da cultura e da história da Diáspora Africana, explorando o impacto que as pessoas de ascendência africana tiveram na vida contemporânea em todo o mundo, promovendo uma eterna celebração à força da universalidade.
Toda a programação é gratuita e será desenvolvida entre os dias 7 a 25 de novembro, nos seguintes locais : Centro de Convenções  Ulysses Guimarães, Câmara Legislativa do Distrito Federal, Setor de Diversões Sul, Estações do Metrô, e Praça Zumbi dos Palmares. Serão dias de intensa programação com shows musicais, exposições educacionais, fotográficas e de artes plásticas, visitas guiadas, oficinas, palestras, espetáculos de teatro e dança, mostra de cinema, entre outras atividades, promovendo o acesso gratuito a milhares de pessoas que circularão pelos espaços do Centro de Convenções Ulysses Guimarães.
Criado durante as festividades do 20 de novembro, o Festival Cara e Cultura Negra vem se transformando numa referência obrigatória no cenário das celebrações do Dia Nacional da Consciência Negra, em Brasília, tornando-se um relevante ‘espaço’ para esse grupo étnico, seja de preservação da cultura afro-brasileira ou de fomento ao turismo étnico, seja de mobilização social ou de geração de empregos e , principalmente, de consolidação da cidade como mais um pólo da cultura negra no país.
A sétima edição estabelece uma ponte entre os diversos caminhos que a cultura negra percorreu até os dias de hoje, tendo como um dos seus objetivos promover a Serão dias de intensa programação com shows musicais, exposições educacionais, fotográficas e de artes plásticas, visitas guiadas, oficinas, palestras, espetáculos de teatro e dança, mostra de cinema, entre outras atividades, promovendo o acesso gratuito à nossa história a milhares de pessoas que circularão pelos espaços do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O Encontro de experiências, histórias de lutas e Culturas Tradicionais e Contemporâneas será um momento de celebração da cultura afro-brasileira e de intersecção entre as mais diversas manifestações espalhadas pelo país e por todo o mundo.
Cada um a seu tempo e a sua maneira reproduzindo com orgulho seus ritmos e saberes. Músicos, pensadores, políticos e quilombolas, donos de um conhecimento milenar estarão lado a lado para trocas, oficinas e apresentações, compartilhando histórias e costumes, em total sintonia com a natureza e com nossa diversidade cultural. reunião de estudiosos brasileiros e de outros países da diáspora negra, artistas, pessoas comuns, afro-brasileiras, numa série de encontros, oficinas, palestras e debates a serem realizados ao longo da programação. O Encontro de experiências, histórias de lutas e Culturas Tradicionais e Contemporâneas será um momento de celebração da cultura afro-brasileira e de intersecção entre as mais diversas manifestações espalhadas pelo país e por todo o mundo.


Para ver a programação, clique aqui