sexta-feira, 29 de julho de 2011

Sawabona - Shikoba


Cumprimento usado na África do Sul, quer dizer:
                                                 "Eu te respeito, eu te valorizo, 
                                                                                                    você é importante para mim"!

Em resposta, as pessoas dizem Shikoba, que significa :
"Então eu existo para você"!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Vida oral & Raízes ancestrais...

"Em África, 
quando morre um ancião 
arde uma biblioteca, 
desaparece uma biblioteca inteira 
sem que as chamas acabem com o papel."

quinta-feira, 14 de julho de 2011

O Haiti

(Composição: Ellen Oléria)

Quem viu disse que não se emocionou, mentiu
Tentou mudar de assunto e não conseguiu Entrou no quarto, lembrou , chorou e pediu pro céu Pra não ver mais corpo civil (2x)

Pro povo que pisa descalço, naquilo que um dia já vou um asfalto
Pro povo que dorme apertado Mesmo sem ter nada, roda com o medo do assalto De noite tem medo de estupro e assassinato No caos que dura a séculos na ilha do descaso

Além do efeito, dos tremores da terra
O efeito de anos e anos de guerra Desespero de quem nunca viu vida liberta Será que é esse o fim da sua nova era? Não! essa gente que também é minha gente, supera Também é minha aquela pele preta Também é minha aquela lágrima que cai na sarjeta Aguenta! há em ti, há em mim firmeza, aiai
Aiai, aiaiai, aiai, aiaii Haiti (2x)

Cinco dias debaixo do chão, fome e medo
Mas o segredo da sobrevivência vem desde o berço Quem tem esperança, espera Mais uma fênix renasce da cratera Permanece vivo na ilha de são domingos No sorriso de suas meninas e meninos

Quem viu disse que não se emocionou, mentiu
Tentou mudar de assunto e não conseguiu Entrou no quarto, lembrou , chorou e pediu pro céu Pra não ver mais corpo civil (2x)
Aiai, aiaiai, aiai, aiaii Haiti (2x)

terça-feira, 12 de julho de 2011

Os crespos

A Companhia Teatral Os Crespos surgiu, em 2.005, 
nas dependências da mais tradicional escola de interpretação, 
a Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP).

 Era um grupo de alunos-atores negros 
dentro de uma instituição com modelo elitista 
e desconectada da realidade étnico-racial do país.

A Cia surgiu numa turma de alunos 
onde cinco integrantes eram negros. 
Houve uma organização desses alunos, 
que tinham em comum 
a vontade de discutir a sua formação 
e como foco estudar a história do negro 
nas artes cênicas no Brasil, 
numa instituição em que essa discussão não existia.

O elenco é todo formando por negr@s desde o diretor até o iluminador.
Utilizam a dança, o canto e o corpo como linguagem. 

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Tributo A Martin Luther King

Tributo 

A Martin Luther King


(Composição: Ronaldo Bôscoli / Wilson Simonal)
Sim sou negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta sim, luta mais
Que a luta está no fim
Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta irmão
Ouvir minha voz
Lutar por nós
Luta negra demais, luta negra demais
É lutar pela paz, é lutar pela paz
Luta negra demais
Para sermos iguais
Para sermos iguais

sábado, 9 de julho de 2011

Vida

 Vida

Nelson Maca
(Um poema engajado / para Samuel Vida) 


As ilusões todas perdidas 
As perdas novas e antigas 
As dores ardendo feridas 
Ainda nos resta 
Vida 
Ainda nos cabe 
Vida 
Ainda nos conforta 
Vida 
Remexendo velhas feridas 
Revivendo lutas perdidas 
Renascendo forças antigas 
Ainda vemos 
Vida 
Ainda temos 
Vida 
Ainda cremos 
Vida

Nelson Maca:
Professor de Literatura Brasileira da UCSal, 
articulador do Coletivo Blackitude: Vozes Negras da Bahia, 
que tem como eixo central a cultura hip hop, 
mas estende seu interesse e ação para outras linguagens, 
como a literatura e o cinema de temática negra. 
Juntamente com os parceiros da Blackitude, 
organiza eventos artísticos e reflexivos de hip hop e
 negritude com artistas e ativistas locais e de fora. 

Veja veja mais em: 


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Zumbi


Zumbi, comandante guerreiro
Ogunhê, ferreiro-mor capitão
Da capitania da minha cabeça
Mandai a alforria pro meu coração

Minha espada espalha o sol da guerra
Rompe mato, varre céus e terra
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira
Do maracatu, do maculelê e do moleque bamba

Minha espada espalha o sol da guerra
Meu quilombo incandescendo a serra
Tal e qual o leque, o sapateado do mestre-escola de samba
Tombo-de-ladeira, rabo-de-arraia, fogo-de-liamba

Em cada estalo, em todo estopim, no pó do motim
Em cada intervalo da guerra sem fim
Eu canto, eu canto, eu canto, eu canto, eu canto, eu canto assim:

A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!
A felicidade do negro é uma felicidade guerreira!

Brasil, meu Brasil brasileiro
Meu grande terreiro, meu berço e nação
Zumbi protetor, guardião padroeiro
Mandai a alforria pro meu coração 
(Composição: Waly Salomão E Gilberto Gil)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Poeta Preto Produz Poema Pro Povo Pensar

Brasil Com P


Composição: GOG
Pesquisa publicada prova
Preferencialmente preto
Pobre prostituta 
pra polícia prender
Pare pense por quê?

Prossigo
Pelas periferias praticam perversidades parceiros
Pm's
Pelos palanques políticos prometem prometem
Pura palhaçada
Proveito próprio
Praias programas piscinas palmas
Pra periferia
Pânico pólvora pa pa pa
Primeira página
Preço pago
Pescoço peitos pulmões perfurados
Parece pouco
Pedro Paulo
Profissão pedreiro
Passatempo predileto, pandeiro
Pandeiro parceiro
Preso portando pó passou pelos piores pesadelos
Presídio porões problemas pessoais
Psicológicos perdeu parceiros passado presente
Pais parentes principais pertences
Pc
Político privilegiado preso
parecia piada (3x)
Pagou propina pro plantão policial
Passou pelo porta principal
Posso parecer psicopata
Pivô pra perseguição
Prevejo populares portando pistolas
Pronunciando palavrões
Promotores públicos pedindo prisões
Pecado!
Pena prisão perpétua
Palavras pronunciadas
Pelo poeta Periferia
Pelo presente pronunciamento pedimos punição para peixes pequenos poderosos
pesos pesados
Pedimos principalmente paixão pela pátria prostituída pelos portugueses
Prevenimos!
Posição parcial poderá provocar
protesto paralisações piquetes
pressão popular
Preocupados?
Promovemos passeatas pacificas
Palestra panfletamos
Passamos perseguições
Perigos por praças palcos
Protestávamos por que privatizaram portos pedágios
Proibido!
Policiais petulantes pressionavam
Pancadas pauladas pontapés
Pangarés pisoteando postulavam prêmios
Pura pilantragem !
Padres pastores promoveram procissões pedindo piedade paciência Pra população
Parábolas profecias prometiam pétalas paraíso
Predominou o predador
Paramos pensamos profundamente
Por que pobre pesa plástico papel papelão pelo pingado pela passagem pelo pão?
Por que proliferam pragas pelo país?
Por que presidente por quê?
Predominou o predador
Por quê? (3x)

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Sou Negro

Sou negro 
meus avós foram queimados 
pelo sol da África 
minh`alma recebeu o batismo dos tambores 
atabaques, gongôs e agogôs 
Contaram-me que meus avós 
vieram de Loanda 
como mercadoria de baixo preço 
plantaram cana pro senhor de engenho novo 
e fundaram o primeiro Maracatu 

Depois meu avô brigou como um danado 
nas terras de Zumbi 
Era valente como quê 
Na capoeira ou na faca 
escreveu não leu 
o pau comeu 
Não foi um pai João 
humilde e manso 
Mesmo vovó 
não foi de brincadeira 
Na guerra dos Malês 
ela se destacou 

Na minh`alma ficou 
o samba 
o batuque 
o bamboleio 
e o desejo de libertação

Solano Trindade


Poeta, pintor, teatrólogo e folclorista. 
Saiba mais sobre este multiartista em :


terça-feira, 5 de julho de 2011

A Cor da Cultura: Trabalhando a Afro-brasilidade no Currículo.

Curso -  A  cor  da  Cultura:  Trabalhando  a  Afro-brasilidade  no Currículo.
Onde e quando? 
Gama: Terça – Matutino e Vespertino
Santa Maria: Quinta - Vespertino
Quantas horas? 
60 horas  presenciais
Para quem?
Profissionais da educação pública, carreira magistério e assistência, 
da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal -SEE/DF.
 Pré-Incrição:
Período: 21/06 a 07/07/2011

Violência nas escolas...

domingo, 3 de julho de 2011

Espetáculo: Baobás

Um espetáculo lúdico para pessoas grandes.
BAOBÁS foi concebido a partir da vida e da literatura de Antoine de Saint-Exupéry e sua relação com a escrita e aviação. Saint-Ex, como era chamado por amigos, foi um humanista que em 44 anos de vida pilotou aviões de correio e de guerra, foi escritor e jornalista, ilustrador e poeta. Através de seu olhar conhecemos histórias do correio aéreo, das aerovias da Europa, África e América do Sul, histórias de acidentes, e de suas relações com a guerra Segunda Guerra Mundial e com as mulheres. Tudo isso é narrado por meio de uma linguagem poética, o que é característico das obras literárias do autor.
 Um espetáculo adulto que mostra a necessidade de não se perder o olhar sonhador, imaginativo, simples e cuidadoso da criança.
 Acompanhe PLANO DE VOO (locais e horários), escolha aquela apresentação mais próxima de você!
 BAOBÁS acontece dentro de um planetário inflável que será armado nos seguintes pontos:

Circuito Distrito Federal (Entrada Franca):
· SAMAMBAIA, dia 03/07, às 15h. Vila Olímpica Rei Pelé. QR 119 Área Especial 01. Centro Urbano – Samambaia Sul;
· GAMA, dia 04/07, às 19h. COSE SUL. AE, Entre Quadra 05/11, Setor Sul;
· PLANALTINA, dia 06/07, às 20h. Campus UnB: Campus Universitário;
· CEILÂNDIA, dia 11/07, às 20h. INSEF. QNO 13, Conjunto P Lotes 19A, 21, 23 e 25. Setor O;
· CRUZEIRO VELHO, dia 13/07, às 20h. ARUC. Área especial, 08.
· PARANOÁ, dia 21/07, às 20h. CEDEP. Quadra 09, conjunto D, lote 01;
· TAGUATINGA, dia 27/07, às 16h e 20h. SESI. QNF 24 Área Especial – Taguatinga Norte;
·ESTRUTURAL, dia 28/07, às 19h.

Temporada em BRASÍLIA:
De 08 a 24 de julho
Sextas, Sábados e Domingos
Sempre às 20h
R$ 14,00 (inteira) e R$ 7,00 (meia)
De 8 a 10 de julho – Museu Nacional
Setor Cultural Sul, lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto – Zona 0.
De 15 a 24 de julho – Local a designar

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Uma infância sem racismo: 10 maneiras de contribuir!

FAZEMOS A DIFERENÇA,

FAZENDO DIFERENTE!


1. Eduque as crianças para o respeito à diferença. Ela está nos tipos de brinquedos, nas línguas faladas, nos vários costumes entre os amigos e pessoas de diferentes culturas, raças e etnias. As diferenças enriquecem nosso conhecimento.

2. Textos, histórias, olhares, piadas e expressões podem ser estigmatizantes com outras crianças, culturas e tradições. Indigne-se e esteja alerta se isso acontecer.

3. Não classifique o outro pela cor da pele; o essencial você ainda não viu. Lembre-se: racismo é crime.

4. Se seu filho ou filha foi discriminado, abrace-o, apoie-o. Mostre-lhe que a diferença entre as pessoas é legal e que cada um pode usufruir de seus direitos igualmente. Toda criança tem o direito de crescer sem ser discriminada.

5. Não deixe de denunciar. Em todos os casos de discriminação, você deve buscar defesa no conselho tutelar, nas ouvidorias dos serviços públicos, na OAB e nas delegacias de proteção à infância e adolescência. A discriminação é uma violação de direitos.

6. Proporcione e estimule a convivência de crianças de diferentes raças e etnias nas brincadeiras, nas salas de aula, em casa ou em qualquer outro lugar.

7. Valorize e incentive o comportamento respeitoso e sem preconceito em relação à diversidade étnico-racial.

8. Muitas empresas estão revendo sua política de seleção e de pessoal com base na multiculturalidade e na igualdade racial. Procure saber se o local onde você trabalha participa também dessa agenda. Se não, fale disso com seus colegas e supervisores.

9. Órgãos públicos de saúde e de assistência social estão trabalhando com rotinas de atendimento sem discriminação para famílias indígenas e negras. Você pode cobrar essa postura dos serviços de saúde e sociais da sua cidade. Valorize as iniciativas nesse sentido.

10. As escolas são grandes espaços de aprendizagem. Em muitas, as crianças e os adolescentes estão aprendendo sobre a história e a cultura dos povos indígenas e da população negra; e como enfrentar o racismo. Ajude a escola de seus filhos a também adotar essa postura.