sexta-feira, 29 de março de 2013

Por que nasci desta cor?


"Todos convivemos com muita gente diferente 
no dia-a-dia, não é mesmo? 
Mas o que faz com que tenhamos cores de pele diferentes? 
Por que até mesmo irmãos de um mesmo pai e uma mesma mãe podem variar muito no tom de pele? 
A Thalia, que tem 10 anos e mora em Cardeal Mota,
 nos deixou uma pergunta interessante relacionada ao assunto:
 “por que eu nasci dessa cor?”.  

O aluno de Medicina da UFMG, Luiz Fernando Monte, 
nos dá uma mão para pensar melhor sobre o assunto. 
Ele diz que a cor de cada um vai depender 
da quantidade de “substâncias coloridas”, 
ou pigmentos, que temos. 
Uma delas é a melanina, que nos dá o colorido que temos. 
Quem produz esses pigmentos 
são umas células chamadas “melanócitos”, 
que ficam nas camadas mais profundas da nossa pele.   

Mas agora, por que algumas pessoas têm mais pigmento que outras? 
Bom, de acordo com Luiz Fernando, 
quem regula a quantidade de melanina na pele são os nossos genes.
 “Eles são minúsculas moléculas 
que ficam lá dentro do núcleo das células
 e controlam tudo o que é produzido pela pele, 
inclusive a melanina”, explica ele. 
Os nossos genes são uma combinação dos genes 
do nosso pai e da nossa mãe, 
que são uma combinação dos genes do pai e da mãe deles, 
ou seja, nossos avós. 
Por isso é que podemos ser parecidos com nossos pais, 
mas também com o nosso avô ou nossa avó.

Uma coisa bem legal a que Luiz Fernando chama a atenção 
é um fato histórico importante: 
você com certeza já ouviu dizer que o Brasil era habitado por índios antes de os portugueses chegarem. 
Pois é. Aí vieram os portugueses e outros europeus, africanos… 
e mais os índios que já moravam aqui. 
Daí, houve uma grande “mistura” entre esses povos 
e por isso somos o que somos, 
com essa diversidade de cores e traços que temos hoje.   

Por isso que é bem provável que um amigo seu,
 mesmo que seja branquinho, tenha antepassados negros ou índios, 
ou que outro amigo seu, negro como chocolate em barra, 
também tenha algum ou vários ascendentes europeus e índios. 
E você? 
Sabe de onde vêm seus genes?

Fonte: http://www.universidadedascriancas.org/perguntas/resposta.php?id=4

quinta-feira, 28 de março de 2013

POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO...


A invisibilidade do racismo, por Lázaro Ramos


Estou muito feliz e orgulhoso por participar dessa campanha do UNICEF que demonstra claramente o impacto do racismo na infância. É importante chamar atenção de toda a sociedade para um problema invisível para muitos, mas muito real para quem sente, de verdade, na própria pele os efeitos dele.
Crescemos numa sociedade na qual virou lugar comum dizer que o brasileiro não é racista, posto que é um povo multicolor, fraterno e cordial; e que os problemas são de ordem social e financeira apenas. Entretanto, essa campanha inovadora do UNICEF traz luz aos indicadores oficiais que não nos deixam dúvidas. O racismo é real! Existe dolorosamente para milhares de meninos e meninas indígenas e negros.
Esse racismo não se revela apenas no constrangimento imposto, muitas vezes de forma dissimulada, às nossas crianças. Ele se mostra num aspecto ainda muito mais cruel, que é o de violar e impedir que as crianças e os adolescentes realizem os seus direitos de viver, aprender, crescer e se desenvolver plenamente.
Parabéns, UNICEF, pela coragem e pela iniciativa. Essa atitude me deixa ainda mais orgulhoso, pois, se eu já tinha orgulho de ser embaixador do UNICEF, agora tenho mais ainda com a coragem e com o compromisso de vocês, e de todos os parceiros envolvidos, de fazer uma campanha como essa.
Espero realmente que a nossa sociedade possa, definitivamente, “enxergar igualdades num mundo de diferenças”, para fazermos agora um mundo melhor para cada uma das nossas crianças e adolescentes.
Lázaro Ramos
Ator e Embaixador do UNICEF no Brasil

segunda-feira, 25 de março de 2013

Ser ou não ser- 2ª parte

Super interessante:
A PAIDÉIA
(a ideia Grega de Educação)
em uma escola pública 
de Ensino Médio do Recife

domingo, 24 de março de 2013

Ser ou não ser - Educação 1ª parte

A educação 1ª parte
Muito interessante... não deixe de ver!

Educação nos terreiros:

Como a escola se relaciona 
com crianças de candomblé...


Síndrome de Dowm


Síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, é uma alteração genética causada por um erro na divisão celular durante a divisão embrionária. Os portadores da síndrome, em vez de dois cromossomos no par 21, possuem três. Não se sabe por que isso acontece.
Em alguns casos, pode ocorrer a translocação cromossômica, isto é, o braço longo excedente do 21 liga-se a um outro cromossomo qualquer. Mosaicismo é uma forma rara da síndrome de Down, em que uma das linhagens apresenta 47 cromossomos e a outra é normal.
Alterações provocadas pelo excesso de material genético no cromossomo 21 determinam as características típicas da síndrome:
* Olhos oblíquos semelhantes aos dos orientais, rosto arredondado, mãos menores com dedos mais curtos, prega palmar única e orelhas pequenas;
* Hipotonia: diminuição do tônus muscular responsável pela língua protusa, dificuldades motoras, atraso na articulação da fala e, em 50% dos casos, por cardiopatias;
* Comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta.
Diagnóstico
Durante a gestação, o ultrassom morfológico fetal para avaliar a translucência nucal pode sugerir a presença da síndrome, que só é confirmada pelos exames de amniocentese e amostra do vilo corial.
Depois do nascimento, o diagnóstico clínico é comprovado pelo exame do cariótipo (estudo dos cromossomos), que também ajuda a determinar o risco, em geral baixo, de recorrência da alteração em outros filhos do casal. Esse risco aumenta, quando a mãe tem mais de 40 anos.
Tratamento
Crianças com síndrome de Dowm precisam ser estimuladas desde o nascimento, para que sejam capazes de vencer as limitações que essa doença genética lhes impõe. Como têm necessidades específicas de saúde e aprendizagem, exigem assistência profissional multidisciplinar e atenção permanente dos pais. O objetivo deve ser sempre habilitá-las para o convívio e a participação social.
Recomendações
* A notícia de que uma criança nasceu com síndrome de Down causa enorme impacto nos pais e na família. Todos precisam de tempo para aceitá-la do jeito que é, e adaptar-se às suas necessidades especiais;
* A estimulação precoce desde o nascimento é a forma mais eficaz de promover o desenvolvimento dos potenciais da criança com síndrome de Down.  Empenhe-se nessa tarefa, mas procure levar a vida normalmente. Como todas as outras, essa criança precisa fundamentalmente de carinho, alimentação adequada, cuidados com a saúde e um ambiente acolhedor;
* O ideal é que essas crianças sejam matriculadas em escolas regulares, onde possam desenvolver suas potencialidades, respeitando os limites que a síndrome impõe, e interagir com os colegas e professores. Em certos casos, porém, o melhor é frequentar escolas especializadas, que lhes proporcionem outro tipo de acompanhamento;
* O preconceito e a discriminação são os piores inimigos dos portadores da síndrome. O fato de apresentarem características físicas típicas e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades. Cada vez mais, pais, profissionais da saúde e educadores têm lutado contra todas as restrições impostas a essas crianças.
(Fonte: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/sindrome-de-down/)

quarta-feira, 20 de março de 2013

A cor da pele e dos cabelos...


Por que será que todos os livros que tratam do tema ‘corpo humano’ mostram exclusivamente corpos brancos? Será que os negros são diferentes por dentro ou é apenas uma questão de preconceito por parte dos livros? A fim de descobrir se os brancos diferem anatomicamente dos negros, fizemos uma série de radiografias cujos ‘pacientes’ eram um negro e um branco. Estes raios x foram mostrados para pessoas que circulavam num determinado centro cultural e que deveriam identificar a cor das pessoas radiografadas. Adivinha o que elas responderam?

Um rapaz branco disse que “não tem como ver a pele da pessoa porque um raio x é uma fotografia de ossos”. Outro rapaz com a pele bem clara também comentou que era impossível definir porque “a única diferença entre ambas as raças é a melanina”. Uma moça branca reconheceu que “não tem como saber a cor”. Muito bem. Um jovem branco, no entanto, ponderou que um “nariz largo pode ser afro” diante de um raio x e houve uma mulher negra que arriscou um palpite: “Acho que essa chapa é de uma pessoa branca por causa da mandíbula afilada”.

Dois pulmões, um fígado, um estômago, um coração, a mesma quantidade de ossos. Tudo que existe no corpo de um branco também pode ser encontrado no corpo de um negro. Daí a dificuldade das pessoas em identificar, a partir de uma radiografia, qual a etnia do dono dos ossos fotografados. Esta mesma pesquisa poderia ter sido feita com amostras de sangue porque as respostas seriam as mesmas. Isso porque negros, brancos, pardos e até albinos fazem parte de uma única espécie: a humana.

Se não há diferenças por dentro, como explicar as diferenças que vemos por fora? Na cor da pele e na textura do pelos de todos os seres humanos há um pigmento amarelo-escuro chamado melanina, que é produzido com a função de nos proteger dos raios solares. Na presença de grande concentração de melanina, a pele humana adquire uma tonalidade marrom ou preta. Em baixas quantidades, a pele assume um tom branco-rosado.

Portanto, a única diferença entre negros e brancos está na variação da quantidade de uma substância. É ou não é um motivo muito pequeno, que não justifica as grandes diferenças sociais entre as duas raças? “Aqui no Brasil, o preconceito é de marca, não de origem. Então, são seus traços, seu cabelo, a cor da sua pele, as linhas do seu rosto que indicam que você é negro e é essa a marca que propicia a discriminação”, explica Maria Aparecida Bento, doutora em psicologia e diretora do Centro de Estudos da Relação de Trabalho e Desigualdade (CEERT).

Para saber mais

Corpo: Território da cultura
Maria Lúcia Bueno e Ana Lúcia de Castro (Org.)
Annablume, 2005

Jóias de Axé – Fios-de-contas e outros adornos do corpo – A joalheria afro-brasileira
Raul Lody
Bertrand Brasil, 2001

O que é racismo?
Joel Rufino
Brasilense, 1985

Tornar-se negro
Neuza Santos Souza
Graal, 1983

O jogo das diferenças
Luiz Alberto Oliveira Gonçalves e Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
Belo Horizonte: Autêntica, 1998

Racista, eu? De jeito nenhum... 
Mauricio Pestana
Escala, 2004

Raça como retórica – A construção da diferença
Yvonne Maggie e Claudia Barcelos Rezende (Org.)
Civilização Brasileira, 2002

A persistência da raça – Ensaios antropológicos sobre o Brasil e a África Austral
Peter Fly
Civilização Brasileira, 2005

O sortilégio da cor – Identidade, raça e gênero no Brasil
Elisa Larkin Nascimento
Selo Negro, 2003

A invenção do ser-negro – Um percurso das idéias que naturalizaram a inferioridade dos negros
Gislene Aparecida dos Santos
Pallas, 2002

Fonte:http://www.acordacultura.org.br/nota10/programa/4


quarta-feira, 13 de março de 2013

Pelos direitos dos meninos!


PELOS DIREITOS DOS MENINOS 



Que nenhum menino seja coagido pelo pai a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil!)

Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil (isso acontece em todo lugar!)

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina

Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso é coisa de menina

Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também

Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa

Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar isso aos seus filhos e filhas

Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minissaia

Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos

Que ele possa sonhar com casar e ser pai, sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é obrigado a prover o sustento e ela é que tem que cuidar da cria

Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido

Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível! Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.

O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.

Meu ativismo político é a favor da alegria. Só isso.

Texto: Sílvia Amélia de Araujo.