sexta-feira, 3 de junho de 2011

Dia mundial do meio ambiente


Quem somos nós? O que é meio ambiente? Qual a nossa responsabilidade para com o Planeta Terra e para com o próximo? Qual o reflexo das nossas ações para as futuras gerações (o que iremos deixar de herança)? Estas são perguntas recorrentes e com grande poder de modificação do comportamento.

Vivemos em uma Grande Nave, composta por elementos Abiótico (rochas, minerais e gases) e Biótico (animais e vegetais). Nesse sentido, podemos buscar entender as relações e o funcionamento de todo esse composto, a fim de gerar soluções práticas para os problemas socioambientais.

Somos seres da uma determinada espécie, animais com alto poder de raciocínio, portanto, compomos o grupo dos elementos Bióticos. O Poder de raciocínio nato ao grupo humano coloca-nos em uma posição de vantagem competitiva frente a uma cadeia alimentar muito diversificada. Esta vantagem nos possibilita criar técnicas e instrumentos que nos ofereça um grande domínio sobre todos os elementos da grande nave Terra, inclusive de outros seres humanos.

O poder de raciocínio, de domínio e de consumo nos fez sentir não integrantes dos elementos desta grande nave, como se fossemos seres individuais e extraterrestres. Este pensamento nos fez entender que poderíamos usar, de forma desmedida e injusta, tudo que se assemelhasse aos elementos naturais (muitas vezes chamados de selvagem). Diante deste entendimento e em nome do progresso, nós usamos, abusamos e destruímos muitos dos nossos companheiros de viagem (animais e vegetais), seja pela extinção, pela exclusão, pelo abuso de poder (escravidão), entre outros atos, de repente considerados insignificantes, mas que tem grande repercussão no futuro.

Hoje, apesar da evolução dos conceitos, da legislação (que garante uma convivência mais pacífica) e do Estado (que oferece serviços básicos aos grupos humanos menos favorecidos economicamente), ainda vivemos em um planeta que nós o pensamos em partes isoladas e desconexas, e o transformamos em um espaço de apropriação monetária injusta e excludente, onde o poder de consumo irracional é o referencial de felicidade.

No entanto, descobrimos a custa de muitas vidas, que as fronteiras são delimitações virtuais e que a natureza (incluindo os seres humanos) não as reconhece. Vimos no dia-a-dia os desastres ambientais terem efeitos globais e não selecionarem as classes sociais atingidas. Neste contexto, cabe a nós buscarmos o desenvolvimento de uma compreensão global, crítica, holística e interdisciplinar dos acontecimentos sistêmicos no nosso meio, de forma a desenvolvermos ações locais que possam superar os efeitos devastadores da sociedade industrial.

Chegou a hora de utilizarmos o conhecimento cientifico unido aos valores morais, à valorização da cultura local, do conhecimento tradicional e o cooperativismo para o retorno às origens humanas. Precisamos reconhecer nas diferenças e nas diversidades individuais potenciais de salvamento da espécie humana neste momento de caos. Temos a noção de nossa fragilidade na cadeia alimentar, mas o nosso poder de raciocínio pode nos reconectar aos outros elementos “inteligentes” e sistêmicos desta nave. Utilizemos esta semana do meio ambiente de 2011 como o início de um novo começo.

Pensemos nisto!

Equipe da Diretoria de Cidadania e Direitos Humanos (DCDH)

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