O Projeto África objetivou a adequação à lei e à necessidade de utilizar a contribuição dos diversos grupos sociais como ferramenta pedagógica no trabalho com a diversidade e respeito às diferenças, visando construir uma sociedade livre, igualitária, fraterna e tolerante.O Projeto África objetivou a adequação à lei e à necessidade de utilizar a contribuição dos diversos grupos sociais como ferramenta pedagógica no trabalho com a diversidade e respeito às diferenças, visando construir uma sociedade livre, igualitária, fraterna e tolerante.
Desafio Enfrentados
As dificuldades referiram-se, principalmente, ao material bibliográfico disponível, inadequado à faixa etária atendida, cujo desafio consistiu em adaptá-lo, e também as atividades, de forma lúdica e interativa. A escola juntou esforços para comprar bonecos de pano negros, confeccionados exclusivamente para o projeto.
Estratégias Utilizadas
Como estratégia inicial, cada sala recebeu o seu boneco como um “aluno novo” que ganhou da classe, um nome africano, escolhido de uma lista apresentada pelas professoras. Assim, Akin, Rudo, Akiiki, Kanga, Zuka, Kitoko, Kiriku e Matobo passaram a ser alunos novos. Sendo estrangeiro e sem um lar para morar, o “aluno novo” precisou hospedar-se cada dia em uma casa. A partir disso, começou o Projeto África, por meio de estudos da origem do boneco (África), sua cultura, vestimentas, costumes, brincadeiras, palavras, etc., permeando toda a trajetória das linguagens e conteúdos curriculares.
Ações Desenvolvidas
A introdução de um novo colega despertou, nas crianças, a vontade de conhecer tudo a respeito dele, fora o trabalho humano com a diversidade de relações, enriquecido com o Projeto. Os pais e as crianças registraram as suas vivências com o boneco em um caderno, o que foi bastante interessante devido ao cuidado e zelo com que o trataram – como um amigo que precisava de lazer, horário para dormir, roupa lavada. As crianças até pediram aos pais para adequarem a roupa do boneco de acordo com o clima. “Pelos registros da pele, uma história aparece. Alguns registros parecem ser eternos. Outros se transformam (...)”.
(Seja! Leitura corporal em revista, fevereiro de 2002, nº 1)
Conquistas alcançadas
Muito bem avaliado por pais, professores, alunos e funcionários, o projeto ganhou força e atingiu também o trabalho de todos os terceiros estágios da Educação Infantil, com a adesão de outras professoras.
O Projeto África possibilitou trabalhar diversas linguagens e atividades de aprendizagem, por meio de brincadeiras, imaginação, linguagem verbal, corporal e artística, natureza, cultura e conceitos matemáticos. Trabalhos como o estudo da África e sua localização, a contagem em lingala (idioma do Congo), a “contação” de histórias (Menina bonita do laço de fita, O menino marrom), lendas (Baobá), fábulas (Bichos da África I, II e III), nomes de animais africanos, culinária, vídeo (Kiriku e a feiticeira). Tudo isso, e mais um pouco, foi trabalhado em muitas rodas de conversa, pesquisas em livros, revistas e Internet, além de questionários/entrevistas com os pais.
A intenção inicial era atingir as crianças e possibilitar um trabalho de valorização da diversidade étnica e cultural, combatendo idéias preconceituosas e visões estereotipadas que legitimam práticas discriminatórias em nossa sociedade. A conquista foi perceber o envolvimento dos pais e demais familiares da criança, o comprometimento na entrega e no cuidado com os bonecos, e os elogios, impressões e avaliações positivas sobre o Projeto África. E esta, com certeza, é a maior conquista e reconhecimento que um professor e uma escola podem ter.
Professora
Luciana Kazuko, Kátia de Sales Contini, Patrícia Aparecida Ximenes, Neusa Aparecida Lopes, Silvana da Silva, Edilene Vieira dos Santos, Lucia da Cunha, Marineide Moreira Sobral e Sheila Nascimento Góes Fernandes
Fonte: http://www.ceert.org.br/premio4/
Fonte: http://www.ceert.org.br/premio4/
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