sexta-feira, 6 de maio de 2011

Como deve se portar um professor gay?

Pergunta do leitor P. N., Guajara-Mirim, RO

Ilustrações: Erika Onodera
Nada pode forçá-lo a manifestar seus desejos e nada o obriga a calar sobre as próprias vontades. Decidir como se posicionar, contando ou não sobre sua orientação sexual, vai depender de uma série de fatores. Um deles é o contexto. Às vezes, assumir a homossexualidade acarreta consequências reais, como o preconceito aberto e a perseguição por parte de algum integrante da equipe. Fora isso, é possível que os adolescentes sejam invasivos ao fazer perguntas muito pessoais. O educador decide se entra no assunto ou não. Quanto mais a escola lida abertamente com a questão da sexualidade, mais condição o professor tem de responder francamente às colocações da turma, mesmo as mais ousadas. A não discriminação sexual é garantida pela Constituição, mas em um ambiente homofóbico esse direito fica prejudicado. Nesse caso, autoridades como promotores de Justiça e até a polícia devem ser acionadas. Por outro lado, o docente que se sentir confortável pode assumir sua opção sexual. É recomendado que se busque apoio na direção ou na coordenação pedagógica, já que um trabalho isolado corre o risco de ser visto como apologia. Em todas as situações, o educador precisa ter consciência de que, quanto maior a visibilidade das ações, mais avanços se conquistam.

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