sexta-feira, 6 de maio de 2011

A mãe de uma aluna é lésbica. O que faço?

Pergunta da leitora B. P., Ilhéus, BA


Ilustrações: Erika Onodera
Primeiramente, trate essa família como qualquer outra. A maioria das escolas ainda só entende uma organização: a heteropatriarcal, em que há o pai, a mãe e os filhos. A questão é que hoje existem várias configurações possíveis na sociedade: mães solteiras ou separadas que criam os filhos sozinhas, avós que cuidam dos netos integralmente, homens e mulheres separados que se casam novamente e passam a criar juntos os filhos de outros casamentos, casais homossexuais que se unem e, juntos, cuidam dos filhos de relacionamentos heterossexuais que tiveram e assim por diante. Essas diferentes constituições de família, aos poucos, vão sendo assimiladas por diretores, coordenadores pedagógicos e professores. Esse movimento, porém, se dá de fora para dentro e, muitas vezes, ocorre lentamente. É só pensar que, há 30 anos, ninguém ousava comentar nas unidades de ensino quando uma criança era filha de pais divorciados. Aos poucos, a comunidade escolar vai se acostumar com a condição da aluna que tem duas mães, por exemplo. Uma das formas de auxiliar esse processo é abordar a questão. Sempre que houver oportunidade de falar sobre a família e suas possíveis constituições, inicie um debate sem preconceito nem viés religioso. A reunião de pais é outra oportunidade de a escola conhecer quem são os responsáveis por cada criança e saber que tipos de arranjo familiar existem naquele momento.

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